Estes comentários fazem parte deste livro organizado pelos professores Edvaldo Couto e Silvana Goellner, como trabalho de conclusão do módulo Sujeito na Contemporaneidade, do curso de Especialização em Tecnologia e Novas Educações.
Corpo, fragmentos e ligações: A micro-história de alguns órgãos e de certas promessas – Ieda Tucherman.
A autora Ieda Tucherman descreve um pouco sobre um tema que já estuda há bastante tempo que é o corpo moderno. Ela nos informa que tem duas razões para este estudo, descrevendo o corpo como a grande invenção do período moderno: a primeira razão seria a promessa de decifrar a linguagem da vida e interditar, pelo menos imaginariamente, a morte. Ela afirma que este é o discurso da Tecnociência contemporânea e que esta muito próximo da ficção cientifica. Já, a segunda razão seria a obsolência do corpo humano e sua superação.
Estas duas razões que a autora traz é muito bem retratada no cinema, pois, o mesmo consegue quebrar as barreiras do que é verdadeiro/virtual, real/imaginário.
No cinema podemos ter o corpo que queremos, aprimorados em relação à aparência e a diversas funções que possam nos interessar. Hoje em dia não é só um corpo. É o corpo que desejamos, o corpo perfeito. Este movimento é concretizado através da indústria cinematográfica. Vários filmes retratam este universo tais quais: Inteligência Artificial, Blade Runner, Matrix, dentre outros. Será que este será o nosso futuro? É só aguardarmos para vermos.
Corpo cyborg e o dispositivo das novas tecnologias – Homero Luis Alves de Lima
O texto discute sobre as possibilidades de transformações tecnológicas pela qual o corpo humano pode passar. Isso devido, hoje em dia, a aceleração tecnológica pela qual estamos passando.
Atualmente usamos vários aparatos tecnológicos que modificam a estrutura do nosso corpo. O desenvolvimento e uso de braços mecânicos, ate um simples desodorante que compramos em um supermercado, são produtos desta “revolução digital”, onde podemos perceber a continua mecanização do corpo.
A partir dai, o autor nos questiona: onde termina o humano e começa a máquina? Sendo assim, Homero Luis traça um perfil sobre o “pós humano” que para ele nada mais seria do que um ciborgue. O ciborgue é qualquer pessoa que tiver um órgão artificial, uma prótese implantada. Existem vários ciborgues na nossa sociedade, atualmente.
Acho que o perigo é nos perdermos enquanto seres humanos. Estamos tão acostumados com o que à tecnologia nos proporciona que, se perdermos uma boa partes destes instrumentos tecnológicos, não saberíamos mais viver. A tecnologia é tão sutil que achamos que ela é somente uma extensão do nosso corpo. Não podemos nos perder enquanto humanos.
Uma estética para Corpos Mutantes – Edvaldo Souza Couto
Este texto de Edvaldo Couto traz a idéia de mutação dos corpos na sociedade contemporânea. Graças ao avanço das tecnologias hoje somos capazes de criar órgãos, curar doenças, realçar aspectos da beleza, revitalizar o desempenho corporal. Tornou-se urgente elimina toda a insatisfação física e mental. Sendo assim, no mundo capitalista no qual vivemos, o corpo é visto apenas como uma mercadoria, pois, podemos reconstituí-lo a qualquer hora e em qualquer lugar, para que ele possa durar eternamente já que, temos um verdadeiro pavor ao envelhecimento à idéia da morte.
Este culto exagerado ao corpo também nos remete a uma questão: a exclusão. Nem todos podem pagar por intervenções que possam tornar os seus corpos perfeitos. Sendo assim, esta grande camada da nossa sociedade será vista como restos humanos, doentes, feios, haja vista que são poucos aqueles que podem pagar por tantos benefícios tecnológicos.
Velhice, palavra quase proibida; Terceira idade, expressão quase hegemônica- Annamaria da Rocha Jatobá Palácios
A autora Annamaria Palácios analisa a substituição da palavra velhice, pela expressão terceira idade, que foi e é utilizada pela indústria cosmética a partir da década de 90. A indústria cosmética chegou com a certeza e garantia de que os seus produtos prolongariam a fase da velhice, tornando-a mais ativa e saudável. O uso continuo de tais produtos iria prolongar a aparência jovem e viçosa da pele. Conservar a juventude é evitar a velhice. Se toda pessoa que chega à terceira idade é velho, porque não combatermos este “mal”, já que as tecnologias nos proporcionam vários aparatos para a modificação estrutural dos nossos corpos? É preciso se definir hábitos de vida mais saudáveis para podermos ter, um dia quem sabe, uma velhice ativa e com qualidade.
Vou fazer este módulo agora, já sei de quem eu vou pescar. kkkkkkkkkkkkk Está muito legal sua síntese. bjs
ResponderExcluirkkkk, fique a vontade querida, bjs
ResponderExcluirmuito bom mesmo. Gostei muitíssimo de visitar seu "espaço"!
ResponderExcluirabçs!
boa Páscoa!